sábado, 26 de abril de 2008

O Futuro dos Jornais

O jornal impresso está em crise. No final do mês de março, o mercado anunciou uma queda expressiva dos rendimentos publicitários dos jornais no mês de fevereiro. No jornal USA Today (Estados Unidos, publicado pela Gannett Company), por exemplo, em um ano o lucro com anúncios caiu 11%. No The Wall Street Journal (Nova Iorque publicado pela Dow Jones & Company) a queda foi de 10%, e no The New York Times (Nova Iorque publicado pela The New York Times Company) a redução foi de 7,5%. Em editorial da edição de 1º de fevereiro, o The New York Times afirmou ter tido um prejuízo de 648 milhões de dólares nos meses de janeiro de 2007 e dezembro e novembro de 2006. Em 2001, o jornais venderam 0,46% a mais de exemplares comparado com 2000. No entanto, desde 1977 eles vinham crescendo uma taxa média anual de 4,8%. Entre março de 2001 e março de 2002, os 15 maiores jornais brasileiros, dimunuiram sua circulação em 12%. Isso significa exatamente 346.376 exemplares.
Cada vez mais o jornal impresso está sendo substituído por outros meios, principalmente pelos jornais on line. Embora pareça absurdo, a culpa em parte, da diminuição da venda e leitura de jornais impressos é dos próprios donos dos jornais e dos jornalistas. É claro que esses não pretendem acabar com os jornais, afinal se isso acontecesse eles ficariam sem seu negócios e sem seus empregos. Porém, eles estão cansados de saber que os jornais precisam de mudanças para continuarem vivos por mais tempo. Renovar as pautas, surpreender leitores com informações que eles desconheçam, antecipar notícias ao invés de preocupar-se com notícias passadas, apostar em reportagens e o mais importante de tudo, fazer jornalismo com independência e que tome partido da sociedade. As empresas jornalísticas que mudarem isso e conseguirem atravessar os turbulentos anos da primeira década do século XXI permanecerão como produtoras importantes de conteúdo.
De qualquer maneira, VIVA O JORNALISMO! Na verdade, pouco importa a forma que os jornais terão no futuro, porque de uma coisa temos certeza: o homem sempre necessitará de informações.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

História do Hipertexto



Falamos outro dia, em sala de aula, sobre hipertexto. Então vai uma curiosidade: quem pensa que a idéia surgiu junto com a internet se engana. Apesar de a World Wide Web ser o sistema de hipertexto mais conhecido atualmente, sua criação foi bem depois.


De acordo com Burke (2004) e Chartier (2002) as primeiras manifestações hipertextuais ocorrem nos séculos XVI e XVII através de manuscritos e marginalia. Os primeiros sofriam alterações quando eram transcritos pelos copistas e assim caracterizavam uma espécie de escrita coletiva. Os segundos eram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não-linear do texto. Essas marginalia eram posteriormente transferidas para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.



Provavelmente, a primeira descrição formal da idéia apareceu em 1945, quando Vannevar Bush publicou na The Atlantic Monthly, "As We May Think", um ensaio no qual descrevia o dispositivo "Memex" (a foto acima é um esquema da idealização do Memex). Neste artigo, a principal crítica de Bush era aos sistemas de armazenamento de informações da época, que funcionavam através de ordenações lineares, hierárquicas, fazendo com que o indivíduo que quisesse recuperar uma informações tivesse que percorrer catálogos ordenados alfabetica ou numericamente ou então através de classes e sub-classes. De acordo com Bush, o pensamento humano não funciona de maneira linear, mas sim através de associações e era assim que ele propunha o funcionamento do Memex.



O dispositivo nunca chegou a ser construído, mas hoje é tido como um dos precursores da atual web. A tecnologia usada seria uma combinação de controles eletromecânicos e câmeras e leitores de microfilme, todos integrados em uma grande mesa. A maior parte da biblioteca de microfilme estaria contida na própria mesa com a opção de adicionar ou remover rolos de microfilme à vontade. A mesa poderia também ser usada sem a criação de referências, apenas para gerar informação em microfilme, filmando documentos em papel ou com o uso de uma tela translúcida sensível ao toque. De certa forma, o Memex era mais do que uma máquina hipertexto. Era precursor do moderno computador pessoal embora baseado em microfilme. O artigo de Novembro de 1945 da revista Life que mostrava as primeiras ilustrações de como a mesa do Memex podia ser, mostrava também ilustrações de uma câmera montada na cabeça, que o cientista podia usar enquanto fazia experiências, e de uma máquina de escrever capaz de reconhecimento de voz e de leitura de texto por síntese de voz. Juntas, essas máquinas formariam o Memex, provavelmente, a descrição prática mais antiga do que é chamado hoje o Escritório do Futuro.



Não se pode deixar de citar outro personagem de grande importância histórica que é Douglas Engelbart diretor do Augmentation Research Center (ARC) do Stanford Research Institute, centro de pesquisa onde foram testados pela primeira vez a tela com múltiplas janelas de trabalho; a possibilidade de manipular, com a ajuda de um mouse, complexos informacionais representados na tela por um símbolo gráfico; as conexões associativas (hipertextuais) em bancos de dados ou entre documentos escritos por autores diferentes; os grafos dinâmicos para representar estruturas conceituais (o "processamento de idéias" os sistemas de ajuda ao usuário integrados ao programa). O trabalho de Ted Nelson e muitos outros sistemas pioneiros de hipetexto com o "NLS", de Douglas Engelbart, e o HyperCard, incluído no Apple Macintosh, foram rapidamente suplantados em popularidade pela World Wide Web de Tim Berners-Lee, embora faltasse à mesma muitas das características desses sistemas mais antigos como links tipados, transclusão e controle de versão.

Achei incrível o instinto visionário desses caras. Se eles pudessem ver a invenção em prática...

Dados copiados da Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto).

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Internet: primeiras aulas

A primeira mídia estudada foi a Internet. Na nossa primeira aula sobre o assunto, conhecemos a história da Internet, desde sua invenção como instrumento de comunicação durante a Guerra Fria até os padrões que conhecemos hoje. Discutimos, ainda, as tendências que estão começando a despontar agora: iPhone, TV digital...

Nas duas últimas décadas, a Internet, junto aos inventos tecnológicos que dela decorrem, evoluiu em ritmo alucinado. Durante esse processo, hábitos do nosso cotidiano foram completamente alterados. Com o Jornalismo, aconteceu o mesmo. O surgimento da nova mídia, de início, trouxe preocupação aos veículos tradicionais, que temiam perder espaço no campo da comunicação. Hoje, já não se tem essa visão. O Jornalismo on-line estabeleceu características próprias, não sendo, assim, capaz de substituir os outros meios, mas, sim, de complementá-los. A agilidade, a possiblidade de atualizações imediatas, as formas de fácil interação do leitor são particularidades da Internet. Reconhecendo essas qualidades , todos os grandes veículos, sejam de mídia impressa, TV ou rádio, têm atualmente também um site. Sem o antigo temor, valem-se da rede para disponiblizar conteúdo interativo e atualizado, que não prejudica a audiência do outro meio e, ainda, atrai o público para ele.

A Internet também proporcionou o surgimento de espaços alternativos de conteúdo jornalístico. Os blogs, hoje, especialmente os de jornalistas famosos, já são reconhecidos como espaços de notícias sérias e de qualidade. Há, inclusive, quem viva somente dos lucros publicitários de seus blogs. É o caso do conhecido blog do Noblat (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/), por exemplo.

Na aula seguinte, a partir da leitura do texto "A Cultura Digital", de Rogério da Costa, discutimos, em sala de aula, a influência das novas tecnologias no nosso dia-a-dia. As opiniões, dos alunos e dos professores, foram as mais diversas. A Internet, por ser um meio relativamente novo e contraditório, fomentou a oposição de idéias.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nasce um blog!

Esse blog foi criado para a cadeira de Laboratório de Jornalismo. Nós, Giuliana de Toledo e Greisly Picolotto, somos estudantes de Jornalismo da Famecos (PUCRS). Aqui, colocaremos nossos aprendizados sobre várias mídias.

Seja bem-vindo!