quinta-feira, 26 de junho de 2008

Gran Finale

Para o último post do blog (ele continuará extistindo, mas amanhã será feita a avaliação pelos nossos professores), preferi deixar uma frase que encontrei no livro "Minhas Histórias do Outros", escrito pelo grande jornalista Zuenir Ventura.

A frase, por partir de alguém que tem anos de carreira, merece a credibilidade da experiência, mas também sintetiza muito o bem o que eu, uma mera caloura, já sinto em relação ao Jornalismo:

"Não viemos à Terra para julgar, nem para prender ou condenar, viemos para olhar e depois contar. Não somos juízes, não somos promotores, somos jornalistas, somos testemunhas de nosso tempo, uma testemunha crítica, não necessariamente de oposição, mas implacavelmente crítica." Zuenir Ventura

The End

Eu sempre fui acometida por uma melancolia quando via no fim dum filme aquelas duas palavras: "The End". E é mais ou menos assim que sinto a chegada do fim desse semestre e, especialmente, do fim dessa cadeira. Ok, é piegas. Mas a verdade é que essa foi umas das disciplinas mais importantes que tivemos.

Apesar do ritmo acelerado com que passamos pelos diferentes módulos (o que é mais do que adequado porque jornalistas estão sempre correndo), conseguimos ter um gostinho de como é trabalhar em cada uma das mídias (impressa, televisiva, internet e rádio). A cadeira cumpriu perfeitamente a sua proposta de ser um Laboratório de Jornalismo, um espaço destinado à experimentação. O mais interessante foi o fato de as aulas serem pensadas no intuito de não só nos colocar a par do que há de mais novo em cada área, como de nos estimular a pensar quais seram os caminhos que nós, futuros jornalistas, daremos à profissão no futuro. Por sorte, temos professores que enxergam à frente. O Pellanda, extremamente hi-tech, nos mostrou algumas novidades que ainda nem chegaram nas terras tupiniquins, como o papel digital e o iPhone.

Por termos experimentado, um pouco de cada mídia, achei que, no final, saberia dizer de qual gostei mais. Porém aconteceu justamente o contrário, aprofundei meu interesse por todas, o que prefiro interpretar como uma vantagem, uma vez que há cada vez mais convergência entre as diferentes formas de jornalismo.

Os professores comportaram-se como velhos amigos da turma e souberam dar conselhos preciosos. E assustadores também, em certo sentido, pois eles nos fizeram perceber o quanto da nossa formação depende unicamente de nós. Não adianta esperar as coisas caírem do céu. Procurar aprender línguas estrangeiras, estar informado sobre as novidades, fazer boas leituras, entender de tecnologia para poder estar inserido nas mudanças que estão acontecendo... Tudo isso eu também levo desse período de convivência.

Semana que vem, receberemos um DVD com todos os nossos trabalhos registrados. Já me imagino daqui a alguns anos olhando as gravações e rindo. Bom, junto com a risada também espero pensar: "como eu melhorei".

The End.

A expêriencia da TV

É, até que funcionou bem... se não fosse o nervosismo que não afetava apenas os que estavam na frente das câmaras, mas os que ficaram por trás delas cronometrando e olhando os erros e acertos! O programa "na tv" que fizemos, foi nossa primeira experiência apresentando e participando de um programa ao vivo, e no geral, foi bem legal. Ah sem contar é claro na presença muito simpática do Marco Aurélio, cartunista e colunista da Zero Hora. Seguir o roteiro e se encaixar no tempo que tínhamos foi muito mais difícil do que qualquer outra coisa feita durante o programa. Depois acabei percebendo que na verdade um programa de tv não é tãão complicado quando já se tem uma certa experiência e familiarização com todo o trabalho dentro do estúdio, é claro. No fim, acho que ainda não adquiri essa relação mais íntima com as câmeras...

Nossas experiências televisivas

Como eu já previa no post anterior, a primeira experiência televisiva, um stand-up, foi marcada por nervosismo. A câmera dá medo, ainda mais quando posicionada no meio do saguão da faculdade. Cada um deu uma pequena notícia em frente à câmera, mas, apesar de ser um texto curto, não foi fácil de decorar... Ainda não vimos o resultado da gravação. Tenho curiosidade, porque não consigo lembrar do que falei... A concentração era tanta que nem deu para eu "me ouvir".

A segunda experiência de TV aconteceu hoje. Fizemos um programa de 20 minutos, dividido em dois blocos de 10 (o primeiro era de entrevista; o segundo, de debate). Meu grupo conseguiu trazer o Marco Aurélio, cartunista e colunista da Zero Hora. Por ser a nossa primeira entrevista na TV (não sabíamos nem nos posicionar no cenário, não sabíamos como operar os equipamentos), estávamos bastante apreensivos quanto ao sucesso... O agravante era o medo de passar vergonha na frente do Marco Aurélio, um profissional respeitado e que gentilmente aceitou vir aqui na PUC cedo da manhã para a entrevista. Até brinquei que, se desse tudo errado, nunca conseguiríamos um emprego na Zero Hora, jornal onde o Marco Aurélio trabalha. Afinal, ele iria fazer questão de NÃO ser colega de trabalho de um bando de irresponsáveis que fizeram ele perder tempo numa quinta-feira de manhã. Felizmente, agora já não tenho esse medo: acho que fizemos bonito, até. Por uma falha de comunicação (entre os que estavam em frente à câmera e os que estavam atrás), o bloco acabou ficando menor do que o estipulado. Mas foram seis minutos e meio de entrevista muito bem aproveitados. O enfoque era política nas charges. As perguntas estavam boas e as respostas de Marco foram muito interessantes. Ele foi, realmente, muito camarada conosco: além de aceitar o convite, foi muito simpático, contou várias histórias fora do ar... Marco salvou nosso programa!

O segundo bloco foi de debate. Novamente, o tema era uma mistura de política com charges, mas, dessa vez, o foco era a crise do Governo Yeda. Levamos algumas charges do Marco Aurélio e do Iotti dos últimos tempos para ilustrar a discussão. Compensamos a sobra de tempo da entrevista e fizemos um debate de 13 minutos. Apesar da falta de experiência, acho que até saiu bem: tentamos expor mais fatos do que ficar apenas dizendo "eu acho". Durante a preparação para o debate (recolhendo dados e estudando o assunto), vi como é difícil fazer qualquer comentário e "assinar embaixo". Precisa-se ter muito respaldo e muitos argumentos para sustentar uma posição. Não é para qualquer um.

Com alguns erros (mas com acertos também) saímos vivos da estréia. Imagino que a tendência seja melhorarmos bastante com o tempo. A segunda vez em frente às câmeras não foi tão desconfortável quanto a primeira. Sei também que, se tivéssemos que repetir o programa de hoje, já acertaríamos melhor a questão do tempo. Aliás, descobrimos que o tempo na televisão é uma coisa maluca. Dez minutos parece pouco tão pouco. Veja só: 5 perguntas, 2 minutos para cada resposta. À primeira vista é uma miséria. Mas não é bem assim que funciona. Os primeiros 4 minutos arrastam-se, aquilo passa devagar como meia hora. Daí quando está na hora de encerrar, aqueles 30 segundos finais que o pessoal dos bastidores avisa são insuficientes para concluir, os segundos voam. E na televisão não tem choro: se o tempo está esgotado o programa é cortado mesmo, pois os comerciais precisam ir ao ar com uma pontualidade inglesa.

Acredito que, em breve, as nossas experiências televisivas estarão no site da cadeira . Aguardem.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A TV de hoje e a TV de amanhã

A televisão é o meio que menos mudou desde sua criação. Claro que os televisores evoluíram (passaram de preto-e-branco para colorido e chegaram até o plasma) e que a tecnologia de produção e a linguagem televisiva alteraram-se, mas, comparando-se com os outros meios, percebe-se que a TV é praticamente a mesma há anos.

É o meio mais mobilizador das massas: o que mais influencia no comportamento, o que difunde as imagens, o que cria as celebridades, o que repassa a informação com o diferencial da figura em movimento junto à fala.

No entanto, os caminhos que se desenham agora apontam para uma revolução no modo como assistimos e fazemos TV. A TV digital, implantada, por enquanto, em pequena escala no Brasil, traz a melhoria na qualidade de imagem (alta-definição) e a possibilidade de o espectador interagir com o conteúdo.

O caminho para o desenvolvimento dessa interatividade está sendo descoberto aos poucos. As soluções possíveis são diversas, mas ainda não há uma cultura consolidada em torno da interatividade. Não há, atualmente, muitos profissionais capazes de trabalhar nessa área. E aí que entramos (ou pretendemos entrar) nós, os futuros jornalistas. Notícias em forma de texto, vídeo e áudio, enquetes, quiz... Tudo isso pode ser explorado dentro da TV digital.

A necessidade da criação de um diferencial de conteúdo dentro da TV digital já tornou-se evidente. A melhoria na qualidade da imagem não parece ser o suficiente para estimular o espectador a trocar o sinal analógico pelo digital: nas cidades em que o sistema já está disponível (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), o número de pessoas que adotou a TV digital é bastante pequeno. Evidentemente que se pode somar ao desinteresse o custo ainda alto dos equipamentos necessários para receber o sinal.

A previsão, antes estimada em 10 anos, para a permanência da TV analógica em território nacional parece que não irá se confirmar, a baixa adesão indica que as alterações terão de ser mais lentas. Mas, apesar da lentidão inicial, é fato consumado que a televisão está mudando no Brasil e no restante do planeta.

O celulares passam a ser aparelhos móveis de TV, dando a esse meio uma agilidade que antes era exclusiva do rádio. Novas tecnologias já permitem que se pare a programação, tal qual num filme em DVD, e se prossiga assim que desejar. Também dá para gravar programas, comprar filmes para assistir depois... Tudo isso muda o velho conceito de horário nobre. O que antes prendia os espectadores à tela em determinado horário (e não voltava a se repetir) já pode ser escolhido em que hora vai ser exibido na TV de cada um. O horário nobre é o nosso, ditado por nós.

A publicidade é que terá de se adaptar totalmente. Com a possiblidade de poder "pular" os intervalos comerciais, outras formas de propaganda terão de ser pensadas. Quais? Ninguém sabe por enquanto.

Em meio a tantas novidades, eu, com 18 anos, às vezes, me sinto uma analfabeta digital e, ao mesmo tempo, me entusiasmo com as novidades.

E por falar em novidades: amanhã teremos nossa primeira experiência com TV. Cada um apresentará uma notícia em frente à câmera. Já vislumbro algumas gaguejadas, chiliques e crises nervosas... Veremos. Literalmente.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nosso programa de rádio

O programa de rádio apresentado pelo meu grupo foi muito bom. Adquiri conhecimentos maiores sobre como colocar uma rádio no ar. Acredito que foi de extremo proveito para todos. Apesar das dificuldades de fazer acontecer qualquer programa de rádio, tudo que os envolve é muito interessante. Desconhecia muitas coisas sobre o assunto, mas a prática de fazer um programa, propiciada pelos professores Fábian e Pellanda, foi muito importante para o nosso aprendizado e creio que foi aproveitado por todos.

Resultado

Quem não ouviu ao vivo a transmissão do nosso programa Jornal das Dez já pode conferir a gravação aqui. Meu grupo era o número 4.

Jornal das Dez

A estréia foi boa! Apesar da grande quantidade de pessoas no estúdio ao mesmo tempo, conseguimos manter um clima tranquilo e organizado.

Lições que tirei:

1) Programa com roteiro é uma maravilha. Dá muito mais segurança. É essencial um roteiro bem feito e de acordo com o tempo do programa.
2) A trilha sonora é muito importante. Meu grupo conseguiu escolher uma trilha adequada e fomos, até, elogiados por isso. Na hora de escolher, tem que se ter muito cuidado para que o ritmo da música não seja dissonante com "clima" do programa e o tom de voz dos que estão falando.
3) O tempo no rádio é muito relativo, é um mistério para os amadores. A gente fala umas cinco linhas e não tem a menor idéia se aquilo representa 30 segundos ou 5 minutos. Mas isso aprenderemos com o tempo. Meu grupo (!) conseguiu fechar os 20 minutos quase que precisamente. Faltaram apenas uns segundos. Claro que tivemos cuidado com o roteiro, mas também teve uma parcela de sorte, porque, antes, ninguém podia afirmar se ia estar certo ou não.
4) Escrever um texto de rádio é muito diferente de escrever um texto para ser lido. Não se pode simplesmente escrever: é preciso ler em voz alta, escolher palavras que não atrapalhem a leitura e fazer frases curtas. Além disso, algumas técnicas ajudam bastante: colocar uma barra no fim das frases, duas barras no fim dos parágrafos e destacar em maiúsculas os nomes próprios e as palavras mais difíceis.
5) O operador de som tem que estar muito atento ao volume da trilha e das vozes. O ideal é que todos falem nem alto nem baixo demais, mas como nem sempre acontece isso, o operador precisa minimizar as diferenças controlando o som.

Daqui a duas semanas teremos um programa de TV, que será transmitido ao vivo na internet. Que venham mais experiências, micos e aprendizados!

No ar!

Na última aula (29/05) fizemos um pequeno exercício de gravar uma notícia e ouvir nossas próprias vozes. O resultado é um espanto: todo mundo descobre que sua voz é muito mais fina/chata/aguda do que pensava.

Depois dessa nossa ampla experiência (!), já vamos estrear ao vivo na Radiofam!
O programa do meu grupo vai ao ar daqui a pouco, às 10 horas. Será um programa de notícias e chama-se Jornal das Dez.
Você nos ouve no www.pucrs.br/radiofam.

Boa sorte a nós nesse debut!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Podcasting

O poscasting é uma espécie de rádio via Internet, mas não é ao vivo. E esta é a grande vantagem. Você escolhe o que quer escutar, instala um programa no seu computador e ele baixa automaticamente, todos os dias, os programas que você escolheu. Daí você escuta no próprio computador, mas se tiver um mp3player qualquer, pode escutar na rua, no trânsito,etc. Isso eu posso fazer com um radinho normal. Sim, mas daí você está limitado às rádios locais e a o que os donos das rádios quer que você ouça. Com o podcasting você terá não uma, mas centenas de "rádios" para escolher, sobre os mais diversos assuntos. Atualmente a maior parte são programas como os que escutamos na FM normal. Podcasting é o rádio migrando para uma outra mídia, sem intermediários, diretamente de quem faz para quem ouve. Novamente é a mesma história do poder sendo transmitido para as pessoas. Hoje em dia já existem mais podcastings do que podemos escutar; já existem podcastings de pessoas fazendo reviews de outros podcastings, dizendo o que é legal, o que não é e quanto tempo é o programa. Um sistema muito interessante.

Rádio Digital

No mês passado o rádio completou 83 anos no Brasil. Apesar de não ser uma data fechada, marcou o início de uma nova e significativa etapa no País: a transmissão digital. O Brasil é o quarto país do mundo a adotar rádio digital, atrás dos Estados Unidos, Canadá e México. Quando forem digitais, poderão receber textos e imagens. As principais emissoras brasileiras já começaram a transmitir a programação com a tecnologia, proporcionando um ganho considerável na qualidade do áudio. Para receber os sinais transmitidos digitalmente, diferente do sinal analógico utilizado hoje em dia pelos aparelhos de som, é preciso ter um aparelho habilitado. Para os atuais aparelhos de rádio, nada muda. Com a recepção analógica dos radinhos de hoje, o usuário não percebe mudança na qualidade do som. As vantagens nas rádios on lines são muitas. Alguns exemplos são o fato de não haver interferência, tão comum em rádios AM e a convergência de mídias, já que o aparelho de rádio digital pode receber textos e imagens. Nos Estados Unidos, onde o serviço está mais consolidado – e é pago – o ouvinte recebe informações sobre o clima e o trânsito, com direito a mapas e imagens.
O Brasil escolheu o padrão tecnológico norte-americano In band on channel (Iboc) para operar a rádio digital. o Iboc foi escolhido por funcionar tanto no modelo digital como no analógico, que atualmente os brasileiros utilizam, facilitando a migração. O Iboc também trás reduções no gasto para uma emissora, que pode utilizar os mesmos equipamentos atuais para transmitir em digital, bastando o transmissor ser compatível com módulo digital. Em FM se notará pouca diferença nesta tecnologia, mas em AM a diferença é enorme, ela fica com o som do FM atual. Outros padrões de rádio digital são o europeu - DAB (Digital Audio Broadcasting) para FM e DRM (Digital Radio Mondiale) para AM - e o japonês - ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting) ou ISDB-T (Terrestrial), mas estes padrões requerem que se altere toda a estrutura existente,e com isso a emissora transmita em frequencia diferente da analógica, o que os radiodifusores brasileiros menos querem. Para uma emissora transmitir em iBOC digital se gastará de U$$ 50 a U$$ 150 mil dólares.

domingo, 1 de junho de 2008

Rádio Argentina

Tenho ouvido pela internet uma rádio argentina chamada La Red. É AM, mas a qualidade de som me parece de FM. Será que a Argentina já adotou o sistema de HD Radio que deixa AM com cara de FM e FM com qualidade de CD?

Eu pesquisei no Santo Google, mas não consegui descobrir. Se algum de nossos muitos leitores souber me responder, por favor, deixe um comentário e faça uma blogueira feliz.

Aula do LabJor na Rede!

Nossa última aula (29/05) foi filmada e transmitida ao vivo para a Internet usando apenas um celular e conexão wi-fi. A iniciativa aconteceu dentro da comemoração de 10 anos da Cyberfam. A maratona de 24 horas de transmissão de entrevistas e vídeos ficou em acervo no site da Cyber (http://cyberfam.pucrs.br/24hs/) e ainda pode ser conferida. Nossa aula está lá, bem na capa do site.

Ainda dentro da programação, vale a pena conferir a entrevista realizada por Skype com John Pavlik. Ele é genial, quase um profeta... Em 1997, conseguiu prever muito do que vivemos hoje em termos de internet e jornalismo on-line. Dá para ler e ouvir o original (em inglês) aqui: http://cyberfam.pucrs.br:16080//index.php?option=com_content&task=view&id=148&Itemid=1

Gaúcha FM

A mais nova do rádio gaúcho é o início da Rádio Gaúcha FM. A tradicional emissora AM continua transmitindo pelo 600 AM, mas passa, também, a ser ouvida no 93,7 FM.

Sinal do tempos, a mudança foi feita pensando que os atuais celulares e aparelhos de mp3 só vem com FM. Não é aceitável perder público. Além disso, apesar de conseguir propagar-se em maior distância, o AM apresenta várias falhas: não "pega" em garagens subterrâneas e em túneis, por exemplo. O som é "achatado". Nada muito agudo ou muito grave pode ser ouvido. Agora, na FM, será possível investir mais em trilhas e efeitos sonoros durante a programação.

Quem já ouviu no FM não consegue mais colocar no AM. Fica difícil de entender como a gente agüentava aquela transmissão cheia de ruídos e interferências... Mas há os que acham "romântico" o AM, que defendem até a morte a sua continuidade. Acho que é um engano. Não há por que temer uma melhoria no som com a manutenção do conteúdo, que foi o que aconteceu com a Gaúcha. É um erro de confusão de formato com conteúdo. Assim como na Europa se confunde tablóide com conteúdo duvidoso, tem gente que acha que rádio de notícias deve ser AM. Usando o velho jargão: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Que venha a qualidade de som! Nossos ouvidos agradecem!

Início do módulo rádio

Esse blog é uma coisa meio anárquica... A gente fala duma coisa, vai para outra, depois volta para aquela primeira. Então, seguindo a bagunça, contarei como foi o início do Módulo Rádio.

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Na mesma aula em que fizemos os últimos retoques no jornalzinho e demos por encerrado o estudo do jornal, já começamos o módulo rádio.

A história do rádio está profundamente ligada a um portoalegrense, embora isso não seja de conhecimento de todos. A historiografia internacional tende a esquecer a contribuição pioneira do brasileiro Padre Landell de Moura (assim como fazem em relação a Santos Dumont). A primeira experiência com envio de som, entre dois pontos (distantes 8 Km), em São Paulo, foi realizada em 1893 pelo Padre Landell de Moura. E o mais impressionante, apesar de que, paralelamente, na Europa, a tecnologia do rádio estivesse sendo estudada, o Padre trabalhou por aqui sem ter tido nenhum tipo de contato com as pesquisas de lá.

O rádio, por muito tempo, foi a vedete da comunicação. Ficava nas salas-de-estar e reunia as famílias na hora de escutar notícias e radionovelas. Sua credibilidade e influência era tanta que a leitura de “Guerra dos Mundos” provocou uma comoção social de proporções gigantescas nos Estados Unidos. A falsa notícia de uma invasão da Terra por alienígenas fez muitos cometerem suicídio. A brincadeira de mau-gosto provou, ainda que de forma trágica, o quanto o rádio representava como meio de comunicação.

Depois do surgimento da televisão, a hegemonia do rádio foi abalada. A preferência por saber das notícias com imagens e pelas telenovelas levou o rádio a ter de modificar-se para garantir a sua sobrevivência. O rádio especializou sua função, adquirindo uma linguagem própria, diferente da televisiva e, por isso, também relevante.
Com a criação do transistor, vieram os aparelhos de rádio portáteis, que possibilitaram alcance e agilidade. A possibilidade de ser carregado para todos os lugares deu-lhe ainda mais uma vantagem em relação à televisão.

As novas tecnologias (internet, aparelhos de mp3, iPods, celulares) estão causando uma nova revolução no rádio. Para concorrer com as formas personalizadas de conteúdo e de música, o rádio precisa tornar-se mais atrativo. As mudanças no conteúdo, além da melhoria na qualidade de som, são demandas dos tempos atuais.

As webradios já são milhares e, embora não haja uma audiência massiva, o público que ouve essas rádios é considerável. Por serem empreendimentos de baixo ou nenhum custo, elas não precisam dos intervalos comerciais que tanto irritam os ouvintes. Outra vantagem percebida pelo público é a de poder restringir bastante a área de interesse. Há webradios só de um determinado gênero musical, o que não é existe nas rádios comerciais, que procuram ser mais abrangentes e ainda tem preferência por tocar músicas “da moda” (fazendo, é claro, o bom e velho “jabá”).

Por falar em webradio e em “jabá”, vou fazer uma autopromoção: escutem o programa Tarde na Famecos (www.pucrs.br/radiofam) às terças e quintas, das 14h às 17h, e ouvirão essa que vos blogueia. A Radiofam foi a primeira webradio universitária do Brasil e tem uma programação bastante diferenciada, com coisas boas mesmo, que não se pode ouvir nas grandes rádios comerciais.

O Nosso Programa

Faremos a partir desse módulo de rádio, um programa na Famecos. Depois de termos visto a teoria e os ensinamentos dos professores, baseados em suas experiências, faremos os nossos próprios programas. Vai concerteza ser muito divertido e uma coisa nova para a maioria, já que para alguns, que já fazem estágio na Rádio Fam da Puc, o rádio já não é mais uma expèriencia nova, principalmente nos quisitos mais simples do rádiojornalismo. De qualquer maneira, toda a mobilização por parte dos grupos está sendo muito legal.
Para quem puder, nos ouça pela internet no site www.pucrs.br/radiofam. Eu e a Giu estaremos apresentando nosso programa, juntamente com o restante do nosso grupo quinta-feira(05/06/08) às 10 h.