quinta-feira, 29 de maio de 2008

Fim do Módulo Jornal

As etapas finais da preparação do nosso jornal foram de revisão e diagramação dos textos e fotos. Usamos o programa Adobe InDesign e “apanhamos” um pouco para lidar com ele, mas os professores sabem mexer de olhos fechados, o que me dá uma esperança de um dia fazer o mesmo. Observei que o professor Fábian sabe de cor todos os atalhos e, por isso, vai ajeitando as formatações dos textos na velocidade da luz. Fiquei pasma e tentei acompanhar os passos dele. Não consegui totalmente e, lá pelas tantas, ousando fazer as coisas sozinha, eu acertava um comando.

Apesar das dificuldades dos iniciantes, o InDesign parece ser um programa relativamente fácil de lidar. Depois de ver como ele funciona, fiquei imaginando o trabalho que dava fazer diagramação no papel, usando réguas, fazendo “bonecos”, aquela coisa toda que se fazia até pouco tempo atrás. Hoje, parece inviável fazer diagramar com lápis e papel. Parece coisa pré-histórica. As facilidades do computador já estão tão entranhadas no nosso cotidiano que a gente fica achando coisas de dez anos atrás extremamente arcaicas.

O módulo jornal reuniu muito bem teoria e prática. Discutimos textos, entendemos as particularidades da realização dum jornal e pudemos aplicar elas no nosso próprio trabalho.

Termino o módulo jornal com a sensação de que nós, futuros jornalistas brasileiros, temos uma grande obrigação pela frente. Além de procurarmos maneiras de renovar o jornal, o que é uma necessidade urgente e mundial, temos, ainda, de criar formas para que os jornais queiram ser lidos por um número maior de brasileiros. O país tem 190 milhões de habitantes e são vendidos 4 milhões de exemplares por dia. Na Alemanha, de 30 milhões de habitantes, são comprados 28 milhões num único dia. Isso explica muita coisa.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A História do Rádio


Guglielmo Marconi era um inventor italiano que intrigado com as descobertas de um físico alemão, Heinrich Hertz que provou que a velocidade das ondas de rádio eram iguais, e também que era possível retirar as ondas elétricas e magnéticas dos cabos e radiá-los, começou a fazer algumas experiências. Nelas, Marconi era capaz de enviar mensagens sem fios a uma distância superior a dez milhas com um equipamento de rádio patenteado através do canal inglês. O resultado desta experiência provava que sinais sem fios literalmente curvavam a terra, passando a linha do horizonte. Nem Marconi conseguiu explicar como isto tinha acontecido, mas ele conseguiu com muito sucesso a primeira e a verdadeira comunicação de longa distância, e a partir daquele momento, o mundo da comunicação nunca mais foi o mesmo.
Algumas pessoas consideram que a primeira transmissão radiofônica aconteceu nos Estados Unidos no ano de 1906. No Brasil a primeira transmissão de rádio foi realizada no centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1922, em que o presidente Epitácio Pessoa, acompanhado pelos reis da Bélgica, abriu a Exposição do Centenário no Rio de Janeiro. O discurso de abertura de Epitácio Pessoa foi transmitido para receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo, através de uma antena instalada no Corcovado. No mesmo dia, à noite, a ópera O Guarani de Carlos Gomes foi transmitida do Teatro Municipal para alto-falantes instalados na exposição, assombrando a população ali presente. Era o começo da primeira estação de rádio do Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Roquette Pinto a emissora foi doada ao governo em 1936 e existe até hoje, mas com o nome de Rádio MEC.
RADIOJORNALISMO:é a prática profissional do jornalismo aplicada ao rádio. Radiojornais são programas que duram entre segundos e horas e divulgam notícias dos mais variados tipos, utilizando sons e locução por repórteres e apresentadores. Dentro do radiojornalismo, há o jornal falado que corresponde à reunião das principais notícias do dia ou da semana. Pode durar de cinco a trinta minutos. O jornal falado tem divisões bem definidas, com a apresentação de notícias locais, nacionais, internacionais, esportivas e culturais. O ideal é que o jornal seja lido por dois locutores, isso dá mais ritmo e agilidade às notícias e evita a monotonia.
As três ou quatro notícias mais importantes merecem destaque na forma de manchetes. As manchetes abrem a edição de um jornal falado e anunciam para o ouvinte os principais fatos do dia.Segundo normas canônicas praticadas no Brasil e em outros países, o texto para radiojornalismo deve ser ainda mais curto e objetivo que o texto jornalístico de mídia impressa e de TV.
O rádio, embora algumas pessoas pensem que não, ainda é um meio de comuicação muito utilizado por muitos. Cada estação e cada emissora tem um público fiel e para eles milhares de jornalistas se empenham a cada dia para fazer com o o rádio continue sendo um importante meio de informação e entretenimento.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Do jornalismo impresso ao jornalismo digital

A partir da implantação do jornalismo na web ocorreu um novo segmento expansivo do meio informativo, o denominado webjornalismo, onde a atualização das notícias pode ocorrer ininterruptamente. Já não é preciso esperar o jornal ou o horário do noticiário televisivo ou radiofônico para saber os principais acontecimentos do dia. Em qualquer momento é possível acessar um webjornal e ler as notícias de interesse atualizadas, a única diferença é que ao invés de virar as folhas do jornal, o leitor, terá que dar alguns clicks ou baixar a barra de rolagem de seu computador, porque a notícia em si está na íntegra ao impresso.
Mas afinal, o uqe se difere realmente do jornalismo impresso e digital?
Ambos são jornalismo, mas o jornalismo impresso tem 24 horas para elaborar e concluir suas edições, que têm limites de espaço no papel, enquanto, o webjornalismo, não tem horário de fechamento, e a cada mais ou menos cinco minutos pode alimentar a página com novas informações da notícia que inclui no site, tudo é em tempo real e não têm limites de espaço, podem ser colocados quantos links internos achar necessário.
Particularmente, o jornal digital não é extamente uma evolução do jornal impresso, é apenas uma nova forma de apresentar informações.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O nosso jornal

Sim, estamos fazendo o nosso próprio jornal. Depois de vermos como os grandes fazem os seus, temos a chance de começarmos a experimentar.

A turma está dividida em editorias, assim como nos grandes jornais, mas, diferente deles, não trabalhamos com profissionais experientes. É uma novidade (e uma emoção) atrás da outra.

Para mim, o primeiro impacto começou na hora de ter que escrever com caracteres contados. E, por mais que eu tenha me esforçado para escrever dentro do limite, inevitavelmente, acabei passando um pouquinho. Autora de duas gloriosas notas que revolucionarão a história do jornalismo econômico, me senti fazendo trabalho de malabarista para abordar dois assuntos que renderiam um livro em poucos caracteres. No final, já estava adaptada à arte de editar, que nada mais é do que a arte de cortar, e até ajudei muitos colegas a reduzirem seus textos.

Estou adorando a experiência. Gostei ainda mais na última aula, quando colocamos os textos e fotos dentro do projeto de diagramação previamente elaborado pelo professor Fábian. Foi muito legal porque aí é que a idéia começou a tomar forma para mim, quando vi tudo prontinho nas suas devidas páginas. Agora aguardo ansiosa a versão definitiva do nosso jornal, quero ler as matérias dos colegas e levar para casa para mostrar para a família e para os amigos. Bem coisa de foca deslumbrada mesmo!

Jornal diário: 24 horas de trabalho

Para entendermos a rotina frenética do processo de “construção” dos jornais diários, vimos, como exemplo, o relato das 24 horas de trabalho da Zero Hora. Desde a etapa de criação das pautas até a rodagem das últimas páginas, há uma série de reuniões e mudanças. Nada é definitivo. A suposta capa da edição pode ser derrubada em questão de segundos pela ocorrência de um outro fato mais relevante. E, quando se pensa que o trabalho pode ser dado por encerrado, já começa tudo outra vez.

Os jornais sempre foram veículos efêmeros, voláteis. Acho que nem é exagero dizer que, ao meio-dia, o jornal daquele dia já não tem praticamente nenhuma importância. O prazo de validade foi vencido. Daí só resta a triste função de virar banheiro de animais domésticos. Essa efemeridade está ainda maior na atualidade. O jornalismo on-line consegue dar as notícias tão logo os fatos acontecem. Sendo assim, não há sentido, muitas vezes, em os jornais publicarem o que já foi mais que "batido" na internet.

Daí a tão temida crise dos jornais que, embora sofram o impacto da queda de vendas, pouco ou nada têm se preocupado em reformular seus conteúdos. Como diz Noblat, parece que os jornalistas e donos de jornais estão dispostos a "afundar" de vez esse meio.

Outro ponto bastante discutível a respeito dos jornais impressos é o alto custo de produção e o grande impacto ambiental. O gasto de papel para a impressão ocorre num ritmo muito superior ao do reflorestamento. Não é uma relação sustentável. As placas metálicas usadas na rodagem só podem ser usadas uma vez e, o que é pior, não há forma de reciclá-las. Pensando nesses problemas e tentando reformular o jornal, foi criado o papel eletrônico. Nada mais é que uma tela, do tamanho de um livro, onde se pode visualizar o conteúdo dum jornal, dum livro, dum texto. Pode parecer que seria ainda mais caro implantar essa tecnologia, mas não é. O atual modelo de produção dos jornais impressos é tão caro que os cálculos comprovam que, mesmo tendo que comprar um aparelho desses para cada assinante, a troca ainda seria vantajosa financeiramente.

Acredito que os leitores também só teriam a lucrar, pois além de poderem ler o formato tradicional do jornal, ainda receberiam atualizações ao longo do dia. Alguns diriam, também, que seria uma vantagem não sujar mais as mãos com a tinta preta das páginas. Os mais românticos discordariam, mas todos teriam de convir que o papel eletrônico é uma boa forma de reformular o jornal e, ao mesmo tempo, poupar a natureza.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O que fazer?

Mesmo antes de entrar na faculdade, eu já sofria da síndrome de "quero-ser-Caco-Barcellos".
Agora, lendo "Do Golpe ao Planalto", passo pela crise "quero-ser-Ricardo-Kotscho".
Depois de entrevistar na Radiofam o grande jornalista investigativo uruguaio Roger Rodriguez, claro, estou com mal de "quero-ser-Roger-Rodriguez".

O que fazer? Só escolhi gente pequena... Não quero mais nada. Juro.

Aliás, vale a pena conhecer o trabalho de Roger Rodriguez. Ele é uma autoridade para falar das ditaduras militares da América Latina e da Operação Condor. Ele anda aqui em Porto Alegre para depor na comissão que investiga a morte do presidente João Goulart. Diferentemente do que se possa pensar, segundo ele, opinião da qual compartilho, rever os acontecimentos e torturas ocorridos nas ditaduras não se trata de história, mas, sim, de presente.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ainda sobre Internet

Como o assunto é extenso (e, além do mais, ainda não cumprimos os dois posts obrigatórios), voltemos para o tema Internet e Comunicação.
Para os nascidos no início da década de 90, como é o meu caso e de boa parte dos colegas, a Internet apareceu e cresceu junto conosco. Conseguimos lembrar dos nossos primeiros contatos, dos primeiros sites visitados (já tínhamos idade suficiente para recordarmos). Acima de tudo, nos impressionamos com a facilidade que ela podia proporcionar na hora de fazermos as pesquisas para o colégio.
Quando ainda éramos pequenos, não tínhamos computador com Internet em casa, por isso, posso dizer que fomos a geração-limite. Ainda que hoje sejamos bastante dependentes das comodidades da rede, temos uma pequena consciência de como era o mundo pré-Internet. Brincamos ao ar livre muito mais do que fazem as crianças de agora. Consultamos as boas e velhas enciclopédias em papel para escrevermos trabalhos (nada de Control C, Control V). Visitamos nossos amiguinhos (nada de MSN). Por essas experiências saudosas para a maioria, juntamente como aquela tendência de "no meu tempo era melhor", podemos pré-julgar a Internet culpada por muitos males da atualidade. Como todo pré-julgamento, esse está carregado de associações infundadas.
Essa foi a tônica da discussão da turma sobre o assunto. Sedentarismo, obesidade, exposição excessiva da vida privada, crianças viciadas em jogos eletrônicos, pirataria, excesso de informações... Todos esses foram pontos levantados. Alguns colegas, na minha opinião, equivocaram-se em pensar nesses problemas da contemporaneidade como meras decorrências da Internet. Esqueceram que não somos reféns. Deixamos a tecnologia atuar sobre a dimensão da vida privada até o ponto que queremos. A Internet não tem vida própria, ela não decide o modo como vamos cuidar dos nossos filhos ou o tempo que vamos passar em frente ao computador. Essas são, sim, escolhas nossas. Os conseqüentes problemas também são nossos.
Particularmente (e pode até ser muito Pollyana da minha parte), só vejo pontos positivos. Com a Internet, aprendi muito. Conheci bons escritores, li blogs de pessoas que não teriam espaço para exporem suas idéias em outro meio, ouvi músicas do mundo todo. Acho que estamos, assim, um pouco mais livres da cultura de massa. Aquela que nos empurrava goela abaixo o que os meios de comunicação estavam dispostos a mostrar. Hoje não é mais assim: não preciso ficar um tempão olhando a MTV para esperar que passe aquele vídeo-clipe que eu queria ver. É só ir no youtube.com, por exemplo.
Os estudiosos já apontam a Cultura de Nichos como a tendência do mundo atual. Talvez o fenômeno leve a uma tribalização das pessoas de acordo com seus gostos. As grandes gravadoras já sentem o impacto da Internet nas suas vendas. Além da pirataria, a Internet, como já disse, proporciona uma seleção maior quanto à cultura que as pessoas decidem consumir. Não é mais possível, dessa forma, vender milhões de cópias de CDs de um único artista com facilidade, por exemplo. Porém, possivelmente, um número muito maior de artistas vá vender pequenas quantidades.
O mesmo tem acontecido com as notícias. As opções de sites para buscar atualidades vão desde os conhecidos portais de notícias, até os blogs, uma fonte de jornalismo independente (e, por isso mesmo, nem sempre confiável). Mas ainda dentro de todas as notícias disponíveis e atualizadas, devido ao grande número, é necessária uma triagem do que se vai ler, mais uma evidência da Cultura de Nichos.
Paradoxalmente, ao mesmo tempo que filtramos cada vez mais o conteúdo que nos interessa, temos e buscamos informação sobre a realidade global. Significa que somos mais "cidadãos do mundo". Nos sentimos comprometidos em conhecer os fatos, por mais mais distante que tenham ocorrido. Em questão de segundos, o que acontece do outro lado do planeta já é conhecido aqui. Os mais velhos custam a aceitar isso. Minha vó, que quando criança viajava um dia inteiro para fazer o trajeto Porto Alegre-Tramandaí, morreu sem entender.
Falando nisso: e pensar que esse modesto blog pode ser lido em qualquer lugar do mundo... Prerrogativas da Internet!