sábado, 5 de julho de 2008

Vídeos

Já estão no site da cadeira os vídeos dos programas de TV da turma. O meu grupo era o número 1. Houve um problema na hora de gravar o nosso primeiro bloco, então, só tem o áudio da entrevista do Marco Aurélio.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Gran Finale

Para o último post do blog (ele continuará extistindo, mas amanhã será feita a avaliação pelos nossos professores), preferi deixar uma frase que encontrei no livro "Minhas Histórias do Outros", escrito pelo grande jornalista Zuenir Ventura.

A frase, por partir de alguém que tem anos de carreira, merece a credibilidade da experiência, mas também sintetiza muito o bem o que eu, uma mera caloura, já sinto em relação ao Jornalismo:

"Não viemos à Terra para julgar, nem para prender ou condenar, viemos para olhar e depois contar. Não somos juízes, não somos promotores, somos jornalistas, somos testemunhas de nosso tempo, uma testemunha crítica, não necessariamente de oposição, mas implacavelmente crítica." Zuenir Ventura

The End

Eu sempre fui acometida por uma melancolia quando via no fim dum filme aquelas duas palavras: "The End". E é mais ou menos assim que sinto a chegada do fim desse semestre e, especialmente, do fim dessa cadeira. Ok, é piegas. Mas a verdade é que essa foi umas das disciplinas mais importantes que tivemos.

Apesar do ritmo acelerado com que passamos pelos diferentes módulos (o que é mais do que adequado porque jornalistas estão sempre correndo), conseguimos ter um gostinho de como é trabalhar em cada uma das mídias (impressa, televisiva, internet e rádio). A cadeira cumpriu perfeitamente a sua proposta de ser um Laboratório de Jornalismo, um espaço destinado à experimentação. O mais interessante foi o fato de as aulas serem pensadas no intuito de não só nos colocar a par do que há de mais novo em cada área, como de nos estimular a pensar quais seram os caminhos que nós, futuros jornalistas, daremos à profissão no futuro. Por sorte, temos professores que enxergam à frente. O Pellanda, extremamente hi-tech, nos mostrou algumas novidades que ainda nem chegaram nas terras tupiniquins, como o papel digital e o iPhone.

Por termos experimentado, um pouco de cada mídia, achei que, no final, saberia dizer de qual gostei mais. Porém aconteceu justamente o contrário, aprofundei meu interesse por todas, o que prefiro interpretar como uma vantagem, uma vez que há cada vez mais convergência entre as diferentes formas de jornalismo.

Os professores comportaram-se como velhos amigos da turma e souberam dar conselhos preciosos. E assustadores também, em certo sentido, pois eles nos fizeram perceber o quanto da nossa formação depende unicamente de nós. Não adianta esperar as coisas caírem do céu. Procurar aprender línguas estrangeiras, estar informado sobre as novidades, fazer boas leituras, entender de tecnologia para poder estar inserido nas mudanças que estão acontecendo... Tudo isso eu também levo desse período de convivência.

Semana que vem, receberemos um DVD com todos os nossos trabalhos registrados. Já me imagino daqui a alguns anos olhando as gravações e rindo. Bom, junto com a risada também espero pensar: "como eu melhorei".

The End.

A expêriencia da TV

É, até que funcionou bem... se não fosse o nervosismo que não afetava apenas os que estavam na frente das câmaras, mas os que ficaram por trás delas cronometrando e olhando os erros e acertos! O programa "na tv" que fizemos, foi nossa primeira experiência apresentando e participando de um programa ao vivo, e no geral, foi bem legal. Ah sem contar é claro na presença muito simpática do Marco Aurélio, cartunista e colunista da Zero Hora. Seguir o roteiro e se encaixar no tempo que tínhamos foi muito mais difícil do que qualquer outra coisa feita durante o programa. Depois acabei percebendo que na verdade um programa de tv não é tãão complicado quando já se tem uma certa experiência e familiarização com todo o trabalho dentro do estúdio, é claro. No fim, acho que ainda não adquiri essa relação mais íntima com as câmeras...

Nossas experiências televisivas

Como eu já previa no post anterior, a primeira experiência televisiva, um stand-up, foi marcada por nervosismo. A câmera dá medo, ainda mais quando posicionada no meio do saguão da faculdade. Cada um deu uma pequena notícia em frente à câmera, mas, apesar de ser um texto curto, não foi fácil de decorar... Ainda não vimos o resultado da gravação. Tenho curiosidade, porque não consigo lembrar do que falei... A concentração era tanta que nem deu para eu "me ouvir".

A segunda experiência de TV aconteceu hoje. Fizemos um programa de 20 minutos, dividido em dois blocos de 10 (o primeiro era de entrevista; o segundo, de debate). Meu grupo conseguiu trazer o Marco Aurélio, cartunista e colunista da Zero Hora. Por ser a nossa primeira entrevista na TV (não sabíamos nem nos posicionar no cenário, não sabíamos como operar os equipamentos), estávamos bastante apreensivos quanto ao sucesso... O agravante era o medo de passar vergonha na frente do Marco Aurélio, um profissional respeitado e que gentilmente aceitou vir aqui na PUC cedo da manhã para a entrevista. Até brinquei que, se desse tudo errado, nunca conseguiríamos um emprego na Zero Hora, jornal onde o Marco Aurélio trabalha. Afinal, ele iria fazer questão de NÃO ser colega de trabalho de um bando de irresponsáveis que fizeram ele perder tempo numa quinta-feira de manhã. Felizmente, agora já não tenho esse medo: acho que fizemos bonito, até. Por uma falha de comunicação (entre os que estavam em frente à câmera e os que estavam atrás), o bloco acabou ficando menor do que o estipulado. Mas foram seis minutos e meio de entrevista muito bem aproveitados. O enfoque era política nas charges. As perguntas estavam boas e as respostas de Marco foram muito interessantes. Ele foi, realmente, muito camarada conosco: além de aceitar o convite, foi muito simpático, contou várias histórias fora do ar... Marco salvou nosso programa!

O segundo bloco foi de debate. Novamente, o tema era uma mistura de política com charges, mas, dessa vez, o foco era a crise do Governo Yeda. Levamos algumas charges do Marco Aurélio e do Iotti dos últimos tempos para ilustrar a discussão. Compensamos a sobra de tempo da entrevista e fizemos um debate de 13 minutos. Apesar da falta de experiência, acho que até saiu bem: tentamos expor mais fatos do que ficar apenas dizendo "eu acho". Durante a preparação para o debate (recolhendo dados e estudando o assunto), vi como é difícil fazer qualquer comentário e "assinar embaixo". Precisa-se ter muito respaldo e muitos argumentos para sustentar uma posição. Não é para qualquer um.

Com alguns erros (mas com acertos também) saímos vivos da estréia. Imagino que a tendência seja melhorarmos bastante com o tempo. A segunda vez em frente às câmeras não foi tão desconfortável quanto a primeira. Sei também que, se tivéssemos que repetir o programa de hoje, já acertaríamos melhor a questão do tempo. Aliás, descobrimos que o tempo na televisão é uma coisa maluca. Dez minutos parece pouco tão pouco. Veja só: 5 perguntas, 2 minutos para cada resposta. À primeira vista é uma miséria. Mas não é bem assim que funciona. Os primeiros 4 minutos arrastam-se, aquilo passa devagar como meia hora. Daí quando está na hora de encerrar, aqueles 30 segundos finais que o pessoal dos bastidores avisa são insuficientes para concluir, os segundos voam. E na televisão não tem choro: se o tempo está esgotado o programa é cortado mesmo, pois os comerciais precisam ir ao ar com uma pontualidade inglesa.

Acredito que, em breve, as nossas experiências televisivas estarão no site da cadeira . Aguardem.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A TV de hoje e a TV de amanhã

A televisão é o meio que menos mudou desde sua criação. Claro que os televisores evoluíram (passaram de preto-e-branco para colorido e chegaram até o plasma) e que a tecnologia de produção e a linguagem televisiva alteraram-se, mas, comparando-se com os outros meios, percebe-se que a TV é praticamente a mesma há anos.

É o meio mais mobilizador das massas: o que mais influencia no comportamento, o que difunde as imagens, o que cria as celebridades, o que repassa a informação com o diferencial da figura em movimento junto à fala.

No entanto, os caminhos que se desenham agora apontam para uma revolução no modo como assistimos e fazemos TV. A TV digital, implantada, por enquanto, em pequena escala no Brasil, traz a melhoria na qualidade de imagem (alta-definição) e a possibilidade de o espectador interagir com o conteúdo.

O caminho para o desenvolvimento dessa interatividade está sendo descoberto aos poucos. As soluções possíveis são diversas, mas ainda não há uma cultura consolidada em torno da interatividade. Não há, atualmente, muitos profissionais capazes de trabalhar nessa área. E aí que entramos (ou pretendemos entrar) nós, os futuros jornalistas. Notícias em forma de texto, vídeo e áudio, enquetes, quiz... Tudo isso pode ser explorado dentro da TV digital.

A necessidade da criação de um diferencial de conteúdo dentro da TV digital já tornou-se evidente. A melhoria na qualidade da imagem não parece ser o suficiente para estimular o espectador a trocar o sinal analógico pelo digital: nas cidades em que o sistema já está disponível (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), o número de pessoas que adotou a TV digital é bastante pequeno. Evidentemente que se pode somar ao desinteresse o custo ainda alto dos equipamentos necessários para receber o sinal.

A previsão, antes estimada em 10 anos, para a permanência da TV analógica em território nacional parece que não irá se confirmar, a baixa adesão indica que as alterações terão de ser mais lentas. Mas, apesar da lentidão inicial, é fato consumado que a televisão está mudando no Brasil e no restante do planeta.

O celulares passam a ser aparelhos móveis de TV, dando a esse meio uma agilidade que antes era exclusiva do rádio. Novas tecnologias já permitem que se pare a programação, tal qual num filme em DVD, e se prossiga assim que desejar. Também dá para gravar programas, comprar filmes para assistir depois... Tudo isso muda o velho conceito de horário nobre. O que antes prendia os espectadores à tela em determinado horário (e não voltava a se repetir) já pode ser escolhido em que hora vai ser exibido na TV de cada um. O horário nobre é o nosso, ditado por nós.

A publicidade é que terá de se adaptar totalmente. Com a possiblidade de poder "pular" os intervalos comerciais, outras formas de propaganda terão de ser pensadas. Quais? Ninguém sabe por enquanto.

Em meio a tantas novidades, eu, com 18 anos, às vezes, me sinto uma analfabeta digital e, ao mesmo tempo, me entusiasmo com as novidades.

E por falar em novidades: amanhã teremos nossa primeira experiência com TV. Cada um apresentará uma notícia em frente à câmera. Já vislumbro algumas gaguejadas, chiliques e crises nervosas... Veremos. Literalmente.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nosso programa de rádio

O programa de rádio apresentado pelo meu grupo foi muito bom. Adquiri conhecimentos maiores sobre como colocar uma rádio no ar. Acredito que foi de extremo proveito para todos. Apesar das dificuldades de fazer acontecer qualquer programa de rádio, tudo que os envolve é muito interessante. Desconhecia muitas coisas sobre o assunto, mas a prática de fazer um programa, propiciada pelos professores Fábian e Pellanda, foi muito importante para o nosso aprendizado e creio que foi aproveitado por todos.

Resultado

Quem não ouviu ao vivo a transmissão do nosso programa Jornal das Dez já pode conferir a gravação aqui. Meu grupo era o número 4.

Jornal das Dez

A estréia foi boa! Apesar da grande quantidade de pessoas no estúdio ao mesmo tempo, conseguimos manter um clima tranquilo e organizado.

Lições que tirei:

1) Programa com roteiro é uma maravilha. Dá muito mais segurança. É essencial um roteiro bem feito e de acordo com o tempo do programa.
2) A trilha sonora é muito importante. Meu grupo conseguiu escolher uma trilha adequada e fomos, até, elogiados por isso. Na hora de escolher, tem que se ter muito cuidado para que o ritmo da música não seja dissonante com "clima" do programa e o tom de voz dos que estão falando.
3) O tempo no rádio é muito relativo, é um mistério para os amadores. A gente fala umas cinco linhas e não tem a menor idéia se aquilo representa 30 segundos ou 5 minutos. Mas isso aprenderemos com o tempo. Meu grupo (!) conseguiu fechar os 20 minutos quase que precisamente. Faltaram apenas uns segundos. Claro que tivemos cuidado com o roteiro, mas também teve uma parcela de sorte, porque, antes, ninguém podia afirmar se ia estar certo ou não.
4) Escrever um texto de rádio é muito diferente de escrever um texto para ser lido. Não se pode simplesmente escrever: é preciso ler em voz alta, escolher palavras que não atrapalhem a leitura e fazer frases curtas. Além disso, algumas técnicas ajudam bastante: colocar uma barra no fim das frases, duas barras no fim dos parágrafos e destacar em maiúsculas os nomes próprios e as palavras mais difíceis.
5) O operador de som tem que estar muito atento ao volume da trilha e das vozes. O ideal é que todos falem nem alto nem baixo demais, mas como nem sempre acontece isso, o operador precisa minimizar as diferenças controlando o som.

Daqui a duas semanas teremos um programa de TV, que será transmitido ao vivo na internet. Que venham mais experiências, micos e aprendizados!

No ar!

Na última aula (29/05) fizemos um pequeno exercício de gravar uma notícia e ouvir nossas próprias vozes. O resultado é um espanto: todo mundo descobre que sua voz é muito mais fina/chata/aguda do que pensava.

Depois dessa nossa ampla experiência (!), já vamos estrear ao vivo na Radiofam!
O programa do meu grupo vai ao ar daqui a pouco, às 10 horas. Será um programa de notícias e chama-se Jornal das Dez.
Você nos ouve no www.pucrs.br/radiofam.

Boa sorte a nós nesse debut!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Podcasting

O poscasting é uma espécie de rádio via Internet, mas não é ao vivo. E esta é a grande vantagem. Você escolhe o que quer escutar, instala um programa no seu computador e ele baixa automaticamente, todos os dias, os programas que você escolheu. Daí você escuta no próprio computador, mas se tiver um mp3player qualquer, pode escutar na rua, no trânsito,etc. Isso eu posso fazer com um radinho normal. Sim, mas daí você está limitado às rádios locais e a o que os donos das rádios quer que você ouça. Com o podcasting você terá não uma, mas centenas de "rádios" para escolher, sobre os mais diversos assuntos. Atualmente a maior parte são programas como os que escutamos na FM normal. Podcasting é o rádio migrando para uma outra mídia, sem intermediários, diretamente de quem faz para quem ouve. Novamente é a mesma história do poder sendo transmitido para as pessoas. Hoje em dia já existem mais podcastings do que podemos escutar; já existem podcastings de pessoas fazendo reviews de outros podcastings, dizendo o que é legal, o que não é e quanto tempo é o programa. Um sistema muito interessante.

Rádio Digital

No mês passado o rádio completou 83 anos no Brasil. Apesar de não ser uma data fechada, marcou o início de uma nova e significativa etapa no País: a transmissão digital. O Brasil é o quarto país do mundo a adotar rádio digital, atrás dos Estados Unidos, Canadá e México. Quando forem digitais, poderão receber textos e imagens. As principais emissoras brasileiras já começaram a transmitir a programação com a tecnologia, proporcionando um ganho considerável na qualidade do áudio. Para receber os sinais transmitidos digitalmente, diferente do sinal analógico utilizado hoje em dia pelos aparelhos de som, é preciso ter um aparelho habilitado. Para os atuais aparelhos de rádio, nada muda. Com a recepção analógica dos radinhos de hoje, o usuário não percebe mudança na qualidade do som. As vantagens nas rádios on lines são muitas. Alguns exemplos são o fato de não haver interferência, tão comum em rádios AM e a convergência de mídias, já que o aparelho de rádio digital pode receber textos e imagens. Nos Estados Unidos, onde o serviço está mais consolidado – e é pago – o ouvinte recebe informações sobre o clima e o trânsito, com direito a mapas e imagens.
O Brasil escolheu o padrão tecnológico norte-americano In band on channel (Iboc) para operar a rádio digital. o Iboc foi escolhido por funcionar tanto no modelo digital como no analógico, que atualmente os brasileiros utilizam, facilitando a migração. O Iboc também trás reduções no gasto para uma emissora, que pode utilizar os mesmos equipamentos atuais para transmitir em digital, bastando o transmissor ser compatível com módulo digital. Em FM se notará pouca diferença nesta tecnologia, mas em AM a diferença é enorme, ela fica com o som do FM atual. Outros padrões de rádio digital são o europeu - DAB (Digital Audio Broadcasting) para FM e DRM (Digital Radio Mondiale) para AM - e o japonês - ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting) ou ISDB-T (Terrestrial), mas estes padrões requerem que se altere toda a estrutura existente,e com isso a emissora transmita em frequencia diferente da analógica, o que os radiodifusores brasileiros menos querem. Para uma emissora transmitir em iBOC digital se gastará de U$$ 50 a U$$ 150 mil dólares.

domingo, 1 de junho de 2008

Rádio Argentina

Tenho ouvido pela internet uma rádio argentina chamada La Red. É AM, mas a qualidade de som me parece de FM. Será que a Argentina já adotou o sistema de HD Radio que deixa AM com cara de FM e FM com qualidade de CD?

Eu pesquisei no Santo Google, mas não consegui descobrir. Se algum de nossos muitos leitores souber me responder, por favor, deixe um comentário e faça uma blogueira feliz.

Aula do LabJor na Rede!

Nossa última aula (29/05) foi filmada e transmitida ao vivo para a Internet usando apenas um celular e conexão wi-fi. A iniciativa aconteceu dentro da comemoração de 10 anos da Cyberfam. A maratona de 24 horas de transmissão de entrevistas e vídeos ficou em acervo no site da Cyber (http://cyberfam.pucrs.br/24hs/) e ainda pode ser conferida. Nossa aula está lá, bem na capa do site.

Ainda dentro da programação, vale a pena conferir a entrevista realizada por Skype com John Pavlik. Ele é genial, quase um profeta... Em 1997, conseguiu prever muito do que vivemos hoje em termos de internet e jornalismo on-line. Dá para ler e ouvir o original (em inglês) aqui: http://cyberfam.pucrs.br:16080//index.php?option=com_content&task=view&id=148&Itemid=1

Gaúcha FM

A mais nova do rádio gaúcho é o início da Rádio Gaúcha FM. A tradicional emissora AM continua transmitindo pelo 600 AM, mas passa, também, a ser ouvida no 93,7 FM.

Sinal do tempos, a mudança foi feita pensando que os atuais celulares e aparelhos de mp3 só vem com FM. Não é aceitável perder público. Além disso, apesar de conseguir propagar-se em maior distância, o AM apresenta várias falhas: não "pega" em garagens subterrâneas e em túneis, por exemplo. O som é "achatado". Nada muito agudo ou muito grave pode ser ouvido. Agora, na FM, será possível investir mais em trilhas e efeitos sonoros durante a programação.

Quem já ouviu no FM não consegue mais colocar no AM. Fica difícil de entender como a gente agüentava aquela transmissão cheia de ruídos e interferências... Mas há os que acham "romântico" o AM, que defendem até a morte a sua continuidade. Acho que é um engano. Não há por que temer uma melhoria no som com a manutenção do conteúdo, que foi o que aconteceu com a Gaúcha. É um erro de confusão de formato com conteúdo. Assim como na Europa se confunde tablóide com conteúdo duvidoso, tem gente que acha que rádio de notícias deve ser AM. Usando o velho jargão: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Que venha a qualidade de som! Nossos ouvidos agradecem!

Início do módulo rádio

Esse blog é uma coisa meio anárquica... A gente fala duma coisa, vai para outra, depois volta para aquela primeira. Então, seguindo a bagunça, contarei como foi o início do Módulo Rádio.

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Na mesma aula em que fizemos os últimos retoques no jornalzinho e demos por encerrado o estudo do jornal, já começamos o módulo rádio.

A história do rádio está profundamente ligada a um portoalegrense, embora isso não seja de conhecimento de todos. A historiografia internacional tende a esquecer a contribuição pioneira do brasileiro Padre Landell de Moura (assim como fazem em relação a Santos Dumont). A primeira experiência com envio de som, entre dois pontos (distantes 8 Km), em São Paulo, foi realizada em 1893 pelo Padre Landell de Moura. E o mais impressionante, apesar de que, paralelamente, na Europa, a tecnologia do rádio estivesse sendo estudada, o Padre trabalhou por aqui sem ter tido nenhum tipo de contato com as pesquisas de lá.

O rádio, por muito tempo, foi a vedete da comunicação. Ficava nas salas-de-estar e reunia as famílias na hora de escutar notícias e radionovelas. Sua credibilidade e influência era tanta que a leitura de “Guerra dos Mundos” provocou uma comoção social de proporções gigantescas nos Estados Unidos. A falsa notícia de uma invasão da Terra por alienígenas fez muitos cometerem suicídio. A brincadeira de mau-gosto provou, ainda que de forma trágica, o quanto o rádio representava como meio de comunicação.

Depois do surgimento da televisão, a hegemonia do rádio foi abalada. A preferência por saber das notícias com imagens e pelas telenovelas levou o rádio a ter de modificar-se para garantir a sua sobrevivência. O rádio especializou sua função, adquirindo uma linguagem própria, diferente da televisiva e, por isso, também relevante.
Com a criação do transistor, vieram os aparelhos de rádio portáteis, que possibilitaram alcance e agilidade. A possibilidade de ser carregado para todos os lugares deu-lhe ainda mais uma vantagem em relação à televisão.

As novas tecnologias (internet, aparelhos de mp3, iPods, celulares) estão causando uma nova revolução no rádio. Para concorrer com as formas personalizadas de conteúdo e de música, o rádio precisa tornar-se mais atrativo. As mudanças no conteúdo, além da melhoria na qualidade de som, são demandas dos tempos atuais.

As webradios já são milhares e, embora não haja uma audiência massiva, o público que ouve essas rádios é considerável. Por serem empreendimentos de baixo ou nenhum custo, elas não precisam dos intervalos comerciais que tanto irritam os ouvintes. Outra vantagem percebida pelo público é a de poder restringir bastante a área de interesse. Há webradios só de um determinado gênero musical, o que não é existe nas rádios comerciais, que procuram ser mais abrangentes e ainda tem preferência por tocar músicas “da moda” (fazendo, é claro, o bom e velho “jabá”).

Por falar em webradio e em “jabá”, vou fazer uma autopromoção: escutem o programa Tarde na Famecos (www.pucrs.br/radiofam) às terças e quintas, das 14h às 17h, e ouvirão essa que vos blogueia. A Radiofam foi a primeira webradio universitária do Brasil e tem uma programação bastante diferenciada, com coisas boas mesmo, que não se pode ouvir nas grandes rádios comerciais.

O Nosso Programa

Faremos a partir desse módulo de rádio, um programa na Famecos. Depois de termos visto a teoria e os ensinamentos dos professores, baseados em suas experiências, faremos os nossos próprios programas. Vai concerteza ser muito divertido e uma coisa nova para a maioria, já que para alguns, que já fazem estágio na Rádio Fam da Puc, o rádio já não é mais uma expèriencia nova, principalmente nos quisitos mais simples do rádiojornalismo. De qualquer maneira, toda a mobilização por parte dos grupos está sendo muito legal.
Para quem puder, nos ouça pela internet no site www.pucrs.br/radiofam. Eu e a Giu estaremos apresentando nosso programa, juntamente com o restante do nosso grupo quinta-feira(05/06/08) às 10 h.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Fim do Módulo Jornal

As etapas finais da preparação do nosso jornal foram de revisão e diagramação dos textos e fotos. Usamos o programa Adobe InDesign e “apanhamos” um pouco para lidar com ele, mas os professores sabem mexer de olhos fechados, o que me dá uma esperança de um dia fazer o mesmo. Observei que o professor Fábian sabe de cor todos os atalhos e, por isso, vai ajeitando as formatações dos textos na velocidade da luz. Fiquei pasma e tentei acompanhar os passos dele. Não consegui totalmente e, lá pelas tantas, ousando fazer as coisas sozinha, eu acertava um comando.

Apesar das dificuldades dos iniciantes, o InDesign parece ser um programa relativamente fácil de lidar. Depois de ver como ele funciona, fiquei imaginando o trabalho que dava fazer diagramação no papel, usando réguas, fazendo “bonecos”, aquela coisa toda que se fazia até pouco tempo atrás. Hoje, parece inviável fazer diagramar com lápis e papel. Parece coisa pré-histórica. As facilidades do computador já estão tão entranhadas no nosso cotidiano que a gente fica achando coisas de dez anos atrás extremamente arcaicas.

O módulo jornal reuniu muito bem teoria e prática. Discutimos textos, entendemos as particularidades da realização dum jornal e pudemos aplicar elas no nosso próprio trabalho.

Termino o módulo jornal com a sensação de que nós, futuros jornalistas brasileiros, temos uma grande obrigação pela frente. Além de procurarmos maneiras de renovar o jornal, o que é uma necessidade urgente e mundial, temos, ainda, de criar formas para que os jornais queiram ser lidos por um número maior de brasileiros. O país tem 190 milhões de habitantes e são vendidos 4 milhões de exemplares por dia. Na Alemanha, de 30 milhões de habitantes, são comprados 28 milhões num único dia. Isso explica muita coisa.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A História do Rádio


Guglielmo Marconi era um inventor italiano que intrigado com as descobertas de um físico alemão, Heinrich Hertz que provou que a velocidade das ondas de rádio eram iguais, e também que era possível retirar as ondas elétricas e magnéticas dos cabos e radiá-los, começou a fazer algumas experiências. Nelas, Marconi era capaz de enviar mensagens sem fios a uma distância superior a dez milhas com um equipamento de rádio patenteado através do canal inglês. O resultado desta experiência provava que sinais sem fios literalmente curvavam a terra, passando a linha do horizonte. Nem Marconi conseguiu explicar como isto tinha acontecido, mas ele conseguiu com muito sucesso a primeira e a verdadeira comunicação de longa distância, e a partir daquele momento, o mundo da comunicação nunca mais foi o mesmo.
Algumas pessoas consideram que a primeira transmissão radiofônica aconteceu nos Estados Unidos no ano de 1906. No Brasil a primeira transmissão de rádio foi realizada no centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1922, em que o presidente Epitácio Pessoa, acompanhado pelos reis da Bélgica, abriu a Exposição do Centenário no Rio de Janeiro. O discurso de abertura de Epitácio Pessoa foi transmitido para receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo, através de uma antena instalada no Corcovado. No mesmo dia, à noite, a ópera O Guarani de Carlos Gomes foi transmitida do Teatro Municipal para alto-falantes instalados na exposição, assombrando a população ali presente. Era o começo da primeira estação de rádio do Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Roquette Pinto a emissora foi doada ao governo em 1936 e existe até hoje, mas com o nome de Rádio MEC.
RADIOJORNALISMO:é a prática profissional do jornalismo aplicada ao rádio. Radiojornais são programas que duram entre segundos e horas e divulgam notícias dos mais variados tipos, utilizando sons e locução por repórteres e apresentadores. Dentro do radiojornalismo, há o jornal falado que corresponde à reunião das principais notícias do dia ou da semana. Pode durar de cinco a trinta minutos. O jornal falado tem divisões bem definidas, com a apresentação de notícias locais, nacionais, internacionais, esportivas e culturais. O ideal é que o jornal seja lido por dois locutores, isso dá mais ritmo e agilidade às notícias e evita a monotonia.
As três ou quatro notícias mais importantes merecem destaque na forma de manchetes. As manchetes abrem a edição de um jornal falado e anunciam para o ouvinte os principais fatos do dia.Segundo normas canônicas praticadas no Brasil e em outros países, o texto para radiojornalismo deve ser ainda mais curto e objetivo que o texto jornalístico de mídia impressa e de TV.
O rádio, embora algumas pessoas pensem que não, ainda é um meio de comuicação muito utilizado por muitos. Cada estação e cada emissora tem um público fiel e para eles milhares de jornalistas se empenham a cada dia para fazer com o o rádio continue sendo um importante meio de informação e entretenimento.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Do jornalismo impresso ao jornalismo digital

A partir da implantação do jornalismo na web ocorreu um novo segmento expansivo do meio informativo, o denominado webjornalismo, onde a atualização das notícias pode ocorrer ininterruptamente. Já não é preciso esperar o jornal ou o horário do noticiário televisivo ou radiofônico para saber os principais acontecimentos do dia. Em qualquer momento é possível acessar um webjornal e ler as notícias de interesse atualizadas, a única diferença é que ao invés de virar as folhas do jornal, o leitor, terá que dar alguns clicks ou baixar a barra de rolagem de seu computador, porque a notícia em si está na íntegra ao impresso.
Mas afinal, o uqe se difere realmente do jornalismo impresso e digital?
Ambos são jornalismo, mas o jornalismo impresso tem 24 horas para elaborar e concluir suas edições, que têm limites de espaço no papel, enquanto, o webjornalismo, não tem horário de fechamento, e a cada mais ou menos cinco minutos pode alimentar a página com novas informações da notícia que inclui no site, tudo é em tempo real e não têm limites de espaço, podem ser colocados quantos links internos achar necessário.
Particularmente, o jornal digital não é extamente uma evolução do jornal impresso, é apenas uma nova forma de apresentar informações.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O nosso jornal

Sim, estamos fazendo o nosso próprio jornal. Depois de vermos como os grandes fazem os seus, temos a chance de começarmos a experimentar.

A turma está dividida em editorias, assim como nos grandes jornais, mas, diferente deles, não trabalhamos com profissionais experientes. É uma novidade (e uma emoção) atrás da outra.

Para mim, o primeiro impacto começou na hora de ter que escrever com caracteres contados. E, por mais que eu tenha me esforçado para escrever dentro do limite, inevitavelmente, acabei passando um pouquinho. Autora de duas gloriosas notas que revolucionarão a história do jornalismo econômico, me senti fazendo trabalho de malabarista para abordar dois assuntos que renderiam um livro em poucos caracteres. No final, já estava adaptada à arte de editar, que nada mais é do que a arte de cortar, e até ajudei muitos colegas a reduzirem seus textos.

Estou adorando a experiência. Gostei ainda mais na última aula, quando colocamos os textos e fotos dentro do projeto de diagramação previamente elaborado pelo professor Fábian. Foi muito legal porque aí é que a idéia começou a tomar forma para mim, quando vi tudo prontinho nas suas devidas páginas. Agora aguardo ansiosa a versão definitiva do nosso jornal, quero ler as matérias dos colegas e levar para casa para mostrar para a família e para os amigos. Bem coisa de foca deslumbrada mesmo!

Jornal diário: 24 horas de trabalho

Para entendermos a rotina frenética do processo de “construção” dos jornais diários, vimos, como exemplo, o relato das 24 horas de trabalho da Zero Hora. Desde a etapa de criação das pautas até a rodagem das últimas páginas, há uma série de reuniões e mudanças. Nada é definitivo. A suposta capa da edição pode ser derrubada em questão de segundos pela ocorrência de um outro fato mais relevante. E, quando se pensa que o trabalho pode ser dado por encerrado, já começa tudo outra vez.

Os jornais sempre foram veículos efêmeros, voláteis. Acho que nem é exagero dizer que, ao meio-dia, o jornal daquele dia já não tem praticamente nenhuma importância. O prazo de validade foi vencido. Daí só resta a triste função de virar banheiro de animais domésticos. Essa efemeridade está ainda maior na atualidade. O jornalismo on-line consegue dar as notícias tão logo os fatos acontecem. Sendo assim, não há sentido, muitas vezes, em os jornais publicarem o que já foi mais que "batido" na internet.

Daí a tão temida crise dos jornais que, embora sofram o impacto da queda de vendas, pouco ou nada têm se preocupado em reformular seus conteúdos. Como diz Noblat, parece que os jornalistas e donos de jornais estão dispostos a "afundar" de vez esse meio.

Outro ponto bastante discutível a respeito dos jornais impressos é o alto custo de produção e o grande impacto ambiental. O gasto de papel para a impressão ocorre num ritmo muito superior ao do reflorestamento. Não é uma relação sustentável. As placas metálicas usadas na rodagem só podem ser usadas uma vez e, o que é pior, não há forma de reciclá-las. Pensando nesses problemas e tentando reformular o jornal, foi criado o papel eletrônico. Nada mais é que uma tela, do tamanho de um livro, onde se pode visualizar o conteúdo dum jornal, dum livro, dum texto. Pode parecer que seria ainda mais caro implantar essa tecnologia, mas não é. O atual modelo de produção dos jornais impressos é tão caro que os cálculos comprovam que, mesmo tendo que comprar um aparelho desses para cada assinante, a troca ainda seria vantajosa financeiramente.

Acredito que os leitores também só teriam a lucrar, pois além de poderem ler o formato tradicional do jornal, ainda receberiam atualizações ao longo do dia. Alguns diriam, também, que seria uma vantagem não sujar mais as mãos com a tinta preta das páginas. Os mais românticos discordariam, mas todos teriam de convir que o papel eletrônico é uma boa forma de reformular o jornal e, ao mesmo tempo, poupar a natureza.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O que fazer?

Mesmo antes de entrar na faculdade, eu já sofria da síndrome de "quero-ser-Caco-Barcellos".
Agora, lendo "Do Golpe ao Planalto", passo pela crise "quero-ser-Ricardo-Kotscho".
Depois de entrevistar na Radiofam o grande jornalista investigativo uruguaio Roger Rodriguez, claro, estou com mal de "quero-ser-Roger-Rodriguez".

O que fazer? Só escolhi gente pequena... Não quero mais nada. Juro.

Aliás, vale a pena conhecer o trabalho de Roger Rodriguez. Ele é uma autoridade para falar das ditaduras militares da América Latina e da Operação Condor. Ele anda aqui em Porto Alegre para depor na comissão que investiga a morte do presidente João Goulart. Diferentemente do que se possa pensar, segundo ele, opinião da qual compartilho, rever os acontecimentos e torturas ocorridos nas ditaduras não se trata de história, mas, sim, de presente.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ainda sobre Internet

Como o assunto é extenso (e, além do mais, ainda não cumprimos os dois posts obrigatórios), voltemos para o tema Internet e Comunicação.
Para os nascidos no início da década de 90, como é o meu caso e de boa parte dos colegas, a Internet apareceu e cresceu junto conosco. Conseguimos lembrar dos nossos primeiros contatos, dos primeiros sites visitados (já tínhamos idade suficiente para recordarmos). Acima de tudo, nos impressionamos com a facilidade que ela podia proporcionar na hora de fazermos as pesquisas para o colégio.
Quando ainda éramos pequenos, não tínhamos computador com Internet em casa, por isso, posso dizer que fomos a geração-limite. Ainda que hoje sejamos bastante dependentes das comodidades da rede, temos uma pequena consciência de como era o mundo pré-Internet. Brincamos ao ar livre muito mais do que fazem as crianças de agora. Consultamos as boas e velhas enciclopédias em papel para escrevermos trabalhos (nada de Control C, Control V). Visitamos nossos amiguinhos (nada de MSN). Por essas experiências saudosas para a maioria, juntamente como aquela tendência de "no meu tempo era melhor", podemos pré-julgar a Internet culpada por muitos males da atualidade. Como todo pré-julgamento, esse está carregado de associações infundadas.
Essa foi a tônica da discussão da turma sobre o assunto. Sedentarismo, obesidade, exposição excessiva da vida privada, crianças viciadas em jogos eletrônicos, pirataria, excesso de informações... Todos esses foram pontos levantados. Alguns colegas, na minha opinião, equivocaram-se em pensar nesses problemas da contemporaneidade como meras decorrências da Internet. Esqueceram que não somos reféns. Deixamos a tecnologia atuar sobre a dimensão da vida privada até o ponto que queremos. A Internet não tem vida própria, ela não decide o modo como vamos cuidar dos nossos filhos ou o tempo que vamos passar em frente ao computador. Essas são, sim, escolhas nossas. Os conseqüentes problemas também são nossos.
Particularmente (e pode até ser muito Pollyana da minha parte), só vejo pontos positivos. Com a Internet, aprendi muito. Conheci bons escritores, li blogs de pessoas que não teriam espaço para exporem suas idéias em outro meio, ouvi músicas do mundo todo. Acho que estamos, assim, um pouco mais livres da cultura de massa. Aquela que nos empurrava goela abaixo o que os meios de comunicação estavam dispostos a mostrar. Hoje não é mais assim: não preciso ficar um tempão olhando a MTV para esperar que passe aquele vídeo-clipe que eu queria ver. É só ir no youtube.com, por exemplo.
Os estudiosos já apontam a Cultura de Nichos como a tendência do mundo atual. Talvez o fenômeno leve a uma tribalização das pessoas de acordo com seus gostos. As grandes gravadoras já sentem o impacto da Internet nas suas vendas. Além da pirataria, a Internet, como já disse, proporciona uma seleção maior quanto à cultura que as pessoas decidem consumir. Não é mais possível, dessa forma, vender milhões de cópias de CDs de um único artista com facilidade, por exemplo. Porém, possivelmente, um número muito maior de artistas vá vender pequenas quantidades.
O mesmo tem acontecido com as notícias. As opções de sites para buscar atualidades vão desde os conhecidos portais de notícias, até os blogs, uma fonte de jornalismo independente (e, por isso mesmo, nem sempre confiável). Mas ainda dentro de todas as notícias disponíveis e atualizadas, devido ao grande número, é necessária uma triagem do que se vai ler, mais uma evidência da Cultura de Nichos.
Paradoxalmente, ao mesmo tempo que filtramos cada vez mais o conteúdo que nos interessa, temos e buscamos informação sobre a realidade global. Significa que somos mais "cidadãos do mundo". Nos sentimos comprometidos em conhecer os fatos, por mais mais distante que tenham ocorrido. Em questão de segundos, o que acontece do outro lado do planeta já é conhecido aqui. Os mais velhos custam a aceitar isso. Minha vó, que quando criança viajava um dia inteiro para fazer o trajeto Porto Alegre-Tramandaí, morreu sem entender.
Falando nisso: e pensar que esse modesto blog pode ser lido em qualquer lugar do mundo... Prerrogativas da Internet!

sábado, 26 de abril de 2008

O Futuro dos Jornais

O jornal impresso está em crise. No final do mês de março, o mercado anunciou uma queda expressiva dos rendimentos publicitários dos jornais no mês de fevereiro. No jornal USA Today (Estados Unidos, publicado pela Gannett Company), por exemplo, em um ano o lucro com anúncios caiu 11%. No The Wall Street Journal (Nova Iorque publicado pela Dow Jones & Company) a queda foi de 10%, e no The New York Times (Nova Iorque publicado pela The New York Times Company) a redução foi de 7,5%. Em editorial da edição de 1º de fevereiro, o The New York Times afirmou ter tido um prejuízo de 648 milhões de dólares nos meses de janeiro de 2007 e dezembro e novembro de 2006. Em 2001, o jornais venderam 0,46% a mais de exemplares comparado com 2000. No entanto, desde 1977 eles vinham crescendo uma taxa média anual de 4,8%. Entre março de 2001 e março de 2002, os 15 maiores jornais brasileiros, dimunuiram sua circulação em 12%. Isso significa exatamente 346.376 exemplares.
Cada vez mais o jornal impresso está sendo substituído por outros meios, principalmente pelos jornais on line. Embora pareça absurdo, a culpa em parte, da diminuição da venda e leitura de jornais impressos é dos próprios donos dos jornais e dos jornalistas. É claro que esses não pretendem acabar com os jornais, afinal se isso acontecesse eles ficariam sem seu negócios e sem seus empregos. Porém, eles estão cansados de saber que os jornais precisam de mudanças para continuarem vivos por mais tempo. Renovar as pautas, surpreender leitores com informações que eles desconheçam, antecipar notícias ao invés de preocupar-se com notícias passadas, apostar em reportagens e o mais importante de tudo, fazer jornalismo com independência e que tome partido da sociedade. As empresas jornalísticas que mudarem isso e conseguirem atravessar os turbulentos anos da primeira década do século XXI permanecerão como produtoras importantes de conteúdo.
De qualquer maneira, VIVA O JORNALISMO! Na verdade, pouco importa a forma que os jornais terão no futuro, porque de uma coisa temos certeza: o homem sempre necessitará de informações.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

História do Hipertexto



Falamos outro dia, em sala de aula, sobre hipertexto. Então vai uma curiosidade: quem pensa que a idéia surgiu junto com a internet se engana. Apesar de a World Wide Web ser o sistema de hipertexto mais conhecido atualmente, sua criação foi bem depois.


De acordo com Burke (2004) e Chartier (2002) as primeiras manifestações hipertextuais ocorrem nos séculos XVI e XVII através de manuscritos e marginalia. Os primeiros sofriam alterações quando eram transcritos pelos copistas e assim caracterizavam uma espécie de escrita coletiva. Os segundos eram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não-linear do texto. Essas marginalia eram posteriormente transferidas para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.



Provavelmente, a primeira descrição formal da idéia apareceu em 1945, quando Vannevar Bush publicou na The Atlantic Monthly, "As We May Think", um ensaio no qual descrevia o dispositivo "Memex" (a foto acima é um esquema da idealização do Memex). Neste artigo, a principal crítica de Bush era aos sistemas de armazenamento de informações da época, que funcionavam através de ordenações lineares, hierárquicas, fazendo com que o indivíduo que quisesse recuperar uma informações tivesse que percorrer catálogos ordenados alfabetica ou numericamente ou então através de classes e sub-classes. De acordo com Bush, o pensamento humano não funciona de maneira linear, mas sim através de associações e era assim que ele propunha o funcionamento do Memex.



O dispositivo nunca chegou a ser construído, mas hoje é tido como um dos precursores da atual web. A tecnologia usada seria uma combinação de controles eletromecânicos e câmeras e leitores de microfilme, todos integrados em uma grande mesa. A maior parte da biblioteca de microfilme estaria contida na própria mesa com a opção de adicionar ou remover rolos de microfilme à vontade. A mesa poderia também ser usada sem a criação de referências, apenas para gerar informação em microfilme, filmando documentos em papel ou com o uso de uma tela translúcida sensível ao toque. De certa forma, o Memex era mais do que uma máquina hipertexto. Era precursor do moderno computador pessoal embora baseado em microfilme. O artigo de Novembro de 1945 da revista Life que mostrava as primeiras ilustrações de como a mesa do Memex podia ser, mostrava também ilustrações de uma câmera montada na cabeça, que o cientista podia usar enquanto fazia experiências, e de uma máquina de escrever capaz de reconhecimento de voz e de leitura de texto por síntese de voz. Juntas, essas máquinas formariam o Memex, provavelmente, a descrição prática mais antiga do que é chamado hoje o Escritório do Futuro.



Não se pode deixar de citar outro personagem de grande importância histórica que é Douglas Engelbart diretor do Augmentation Research Center (ARC) do Stanford Research Institute, centro de pesquisa onde foram testados pela primeira vez a tela com múltiplas janelas de trabalho; a possibilidade de manipular, com a ajuda de um mouse, complexos informacionais representados na tela por um símbolo gráfico; as conexões associativas (hipertextuais) em bancos de dados ou entre documentos escritos por autores diferentes; os grafos dinâmicos para representar estruturas conceituais (o "processamento de idéias" os sistemas de ajuda ao usuário integrados ao programa). O trabalho de Ted Nelson e muitos outros sistemas pioneiros de hipetexto com o "NLS", de Douglas Engelbart, e o HyperCard, incluído no Apple Macintosh, foram rapidamente suplantados em popularidade pela World Wide Web de Tim Berners-Lee, embora faltasse à mesma muitas das características desses sistemas mais antigos como links tipados, transclusão e controle de versão.

Achei incrível o instinto visionário desses caras. Se eles pudessem ver a invenção em prática...

Dados copiados da Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto).

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Internet: primeiras aulas

A primeira mídia estudada foi a Internet. Na nossa primeira aula sobre o assunto, conhecemos a história da Internet, desde sua invenção como instrumento de comunicação durante a Guerra Fria até os padrões que conhecemos hoje. Discutimos, ainda, as tendências que estão começando a despontar agora: iPhone, TV digital...

Nas duas últimas décadas, a Internet, junto aos inventos tecnológicos que dela decorrem, evoluiu em ritmo alucinado. Durante esse processo, hábitos do nosso cotidiano foram completamente alterados. Com o Jornalismo, aconteceu o mesmo. O surgimento da nova mídia, de início, trouxe preocupação aos veículos tradicionais, que temiam perder espaço no campo da comunicação. Hoje, já não se tem essa visão. O Jornalismo on-line estabeleceu características próprias, não sendo, assim, capaz de substituir os outros meios, mas, sim, de complementá-los. A agilidade, a possiblidade de atualizações imediatas, as formas de fácil interação do leitor são particularidades da Internet. Reconhecendo essas qualidades , todos os grandes veículos, sejam de mídia impressa, TV ou rádio, têm atualmente também um site. Sem o antigo temor, valem-se da rede para disponiblizar conteúdo interativo e atualizado, que não prejudica a audiência do outro meio e, ainda, atrai o público para ele.

A Internet também proporcionou o surgimento de espaços alternativos de conteúdo jornalístico. Os blogs, hoje, especialmente os de jornalistas famosos, já são reconhecidos como espaços de notícias sérias e de qualidade. Há, inclusive, quem viva somente dos lucros publicitários de seus blogs. É o caso do conhecido blog do Noblat (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/), por exemplo.

Na aula seguinte, a partir da leitura do texto "A Cultura Digital", de Rogério da Costa, discutimos, em sala de aula, a influência das novas tecnologias no nosso dia-a-dia. As opiniões, dos alunos e dos professores, foram as mais diversas. A Internet, por ser um meio relativamente novo e contraditório, fomentou a oposição de idéias.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nasce um blog!

Esse blog foi criado para a cadeira de Laboratório de Jornalismo. Nós, Giuliana de Toledo e Greisly Picolotto, somos estudantes de Jornalismo da Famecos (PUCRS). Aqui, colocaremos nossos aprendizados sobre várias mídias.

Seja bem-vindo!