quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nossas experiências televisivas

Como eu já previa no post anterior, a primeira experiência televisiva, um stand-up, foi marcada por nervosismo. A câmera dá medo, ainda mais quando posicionada no meio do saguão da faculdade. Cada um deu uma pequena notícia em frente à câmera, mas, apesar de ser um texto curto, não foi fácil de decorar... Ainda não vimos o resultado da gravação. Tenho curiosidade, porque não consigo lembrar do que falei... A concentração era tanta que nem deu para eu "me ouvir".

A segunda experiência de TV aconteceu hoje. Fizemos um programa de 20 minutos, dividido em dois blocos de 10 (o primeiro era de entrevista; o segundo, de debate). Meu grupo conseguiu trazer o Marco Aurélio, cartunista e colunista da Zero Hora. Por ser a nossa primeira entrevista na TV (não sabíamos nem nos posicionar no cenário, não sabíamos como operar os equipamentos), estávamos bastante apreensivos quanto ao sucesso... O agravante era o medo de passar vergonha na frente do Marco Aurélio, um profissional respeitado e que gentilmente aceitou vir aqui na PUC cedo da manhã para a entrevista. Até brinquei que, se desse tudo errado, nunca conseguiríamos um emprego na Zero Hora, jornal onde o Marco Aurélio trabalha. Afinal, ele iria fazer questão de NÃO ser colega de trabalho de um bando de irresponsáveis que fizeram ele perder tempo numa quinta-feira de manhã. Felizmente, agora já não tenho esse medo: acho que fizemos bonito, até. Por uma falha de comunicação (entre os que estavam em frente à câmera e os que estavam atrás), o bloco acabou ficando menor do que o estipulado. Mas foram seis minutos e meio de entrevista muito bem aproveitados. O enfoque era política nas charges. As perguntas estavam boas e as respostas de Marco foram muito interessantes. Ele foi, realmente, muito camarada conosco: além de aceitar o convite, foi muito simpático, contou várias histórias fora do ar... Marco salvou nosso programa!

O segundo bloco foi de debate. Novamente, o tema era uma mistura de política com charges, mas, dessa vez, o foco era a crise do Governo Yeda. Levamos algumas charges do Marco Aurélio e do Iotti dos últimos tempos para ilustrar a discussão. Compensamos a sobra de tempo da entrevista e fizemos um debate de 13 minutos. Apesar da falta de experiência, acho que até saiu bem: tentamos expor mais fatos do que ficar apenas dizendo "eu acho". Durante a preparação para o debate (recolhendo dados e estudando o assunto), vi como é difícil fazer qualquer comentário e "assinar embaixo". Precisa-se ter muito respaldo e muitos argumentos para sustentar uma posição. Não é para qualquer um.

Com alguns erros (mas com acertos também) saímos vivos da estréia. Imagino que a tendência seja melhorarmos bastante com o tempo. A segunda vez em frente às câmeras não foi tão desconfortável quanto a primeira. Sei também que, se tivéssemos que repetir o programa de hoje, já acertaríamos melhor a questão do tempo. Aliás, descobrimos que o tempo na televisão é uma coisa maluca. Dez minutos parece pouco tão pouco. Veja só: 5 perguntas, 2 minutos para cada resposta. À primeira vista é uma miséria. Mas não é bem assim que funciona. Os primeiros 4 minutos arrastam-se, aquilo passa devagar como meia hora. Daí quando está na hora de encerrar, aqueles 30 segundos finais que o pessoal dos bastidores avisa são insuficientes para concluir, os segundos voam. E na televisão não tem choro: se o tempo está esgotado o programa é cortado mesmo, pois os comerciais precisam ir ao ar com uma pontualidade inglesa.

Acredito que, em breve, as nossas experiências televisivas estarão no site da cadeira . Aguardem.

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